O texto abaixo, foi retirado do blog Acaso Transformado. Um testemunho maravilhoso de transformação, leia e seja edificado em nome de Jesus!
Durante a semana passada, eu tive algumas alterações bruscas de humor. Eu nem dei bola, pensei que fosse devido ao meu temperamento sanguineo-melancólico e que passaria. Mas não passou. Dia após dia eu me encontrava num labirinto de emoções em estado de êcstasi, ou outras vezes em estado depressivo de dar dó.
Relutei muito, até que na 4ª feira eu estava no hotel que trabalho, e tive uma crise de taquicardia. Foi terrível. Pensei que eu teria um infarto ali mesmo. Minha tia foi me buscar e me levou num médico, o Dr. Richard!
Conversa vai e conversa vem (sabe bem como costumam ser chatas as consultas em postos de saúde, né?). E o Dr de repente me apareceu com duas receitas médicas. Uma estava indicando que eu deveria tomar Fluxetina, e a outra era um tal de Rivotril. Nossa! "come com arroz ou feijão?", eu perguntei ao Dr. Ele apenas abriu um sorriso ensolarado e disse: "Apenas com água".
Quando olhou sério para mim, eu tentei acreditar que era uma piada, mas ele continuou sério e me disse:
- Parece que temos uma caso de Disturbio Bipolar!
Nossa! quase caí da cadeira. Engoli em seco e perguntei:
- D-dis o quê?!
- Disturbio Bipolar - Disse ele. - Mas fique tranquilo. Eu já o encaminhei a um psiquiatra e esses medicamentos vão acalmar seus nervos até que ele receite um medicamento recomendável e preciso após o diagnóstico concreto.
Saí daquela sala com vontade de matar a primeira pessoa que eu visse na minha frente. Por azar, dei de cara com uma meninha loirinha de olos verdes, parecia um anjo. Senti claramente naquele momento ânsia pela morte. Ninguém deveria morrer no lugar de um psicótico maníaco-depressivo.
Fui para casa deprimido. Me tranquei no quarto e prometi que não ouviria nada depressivo. Era por demais tentador, e por mais que fosse uma sensação estranha e dolorosa, eu estava gostando daquilo. Sem pensar, abri meu notebook e procurei com ansieadade pela pasta de música onde estava "Evanescence".
Deitei na minha cama e escolhi a música mais mórbida que tinha no CD "Fallen". Fechei meus olhos e deixei que a canção "Hello" penetrasse os poros do meu corpo e me envolvesse ainda mais naquela atmosfera depressiva. Adormeci...
Horas mais tarde eu despertei. Eram 01:26 da madrugada. A janela do meu quarto estava aberta e fazia um vento muito gostoso. Senti vontade de sair na rua e caminhar um pouco. Foi o que fiz. Eu estava totalmente eufórico. Eu poderia pular de um penhasco direto para o mar naquele horário. Fumei 6 cigarros num intervalo de 25 minutos, e para cada cigarro, um copo de aproximadamente 250 ml de café preto.
Eu comecei a olhar o céu estrelado e a brisa me dominava. Minhas emoções estavam a mil, eu queria mais daquilo. Era por demais delirante, viciante. Minhas emoções estavam tão aguçadas que pareciam palpáveis.
Fui interrompido por um sentimento amedrontador de perseguição. Eu tinha certeza de que havia alguém olhando para mim. Eu poderia jurar que senti alguém me seguindo. Fui para casa em passos largos e tranquei a porta. Deitei-me na cama. O pavor me dominou. Me cobri com a coberta e pus o travesseio em cima da cabeça. Adormeci.
Acordei no outro dia como se tudo aquilo fosse um sonho. Um sonho estranho e real. Eu estava me sentindo normal de novo. Nem depressivo, nem maníaco. Eu estava simplesmente sendo quem eu sempre fui.
Curioso para descobrir mais sobre essa doença mental, resolvi pesquisar meu amigo e camarada virtual, Google e descobri um monte de coisas interessantes que quero compartilhar com vocês."
